O Pescador do Rio do Mato Seco
Dizem que existe um rio esquecido no interior de Minas Gerais, onde as águas correm calmas, mas guardam segredos antigos. Os mais velhos o chamam de Rio do Mato Seco, por passar no meio de uma mata rala, coberta por galhos secos e árvores retorcidas. Ali, há muitos anos, um pescador chamado Zé do Balaio desapareceu sem deixar vestígios.
Mas ele nunca mais voltou.
Dias depois, encontraram só o chapéu dele, enroscado num galho seco, e um balde com dois peixes ainda vivos. Nenhum sinal de luta. Nenhuma pegada na margem. A vara sumiu. Desde então, ninguém mais quis pescar lá à noite.
Ele riu. E foi assim mesmo.
Na terceira noite, por volta das 2 da manhã, ouviu passos na margem. Achou que fosse um pescador. Mas não viu ninguém. Até que notou uma silhueta sentada numa pedra, no meio do breu, só com um lampejo fraco no rosto.
— Boa noite — disse ele, meio sem saber se era alguém de carne ou não.
O jovem piscou. Em segundos, a figura sumiu, como se tivesse se dissolvido no ar.
Desde então, ninguém acampa por mais de duas noites seguidas no Rio do Mato Seco.
Mas se um dia você ouvir um assobio fraco vindo da mata, e ver uma luz tremeluzindo na beira do rio... não responda. Pode ser só o vento. Ou pode ser Zé do Balaio... esperando companhia.
Para mais causos continuem acompanhando o blog Pratique Pesca.
Até mais, amigos da Pesca!
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