O Dourado: um peixe forte, bonito e esportivo
O Dourado (Salminus brasiliensis) é um dos peixes mais desejados pelos pescadores brasileiros. Conhecido pela sua força e por saltar fora d’água quando fisgado, ele exige técnica, paciência e equipamento reforçado. Comum em rios de correnteza forte e água limpa, o dourado é mais ativo em dias quentes e costuma se alimentar durante o amanhecer e entardecer.
Pesca de Dourado de Barranco
Para quem pesca de barranco, o segredo é escolher bem o ponto: corredeiras, remansos próximos a pedras ou curvas de rio são os lugares preferidos do dourado, que costuma caçar pequenos peixes que passam pela correnteza.
A pesca de espera com tuvira é bastante eficaz nesse caso. Use um chumbo pesado e linha resistente (acima de 0,40 mm), e mantenha a isca próxima do fundo. A fisgada precisa ser firme — o dourado é rápido e esperto.
Pesca de Dourado Embarcada
A pesca embarcada amplia as possibilidades. Com barco, é possível acompanhar os cardumes, explorar corredeiras e realizar o “arremesso e recolhimento” em pontos estratégicos. A técnica de corrico (arrastar a isca com o barco em baixa velocidade) também é muito usada, principalmente com iscas artificiais.
Nos rios do Sudeste e Centro-Oeste, é comum usar embarcações pequenas com motores de popa e sonar para localizar os peixes em águas mais profundas.
Iscas Naturais e Inusitadas para Dourado
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Tuvira: é a isca natural mais tradicional. Deve ser mantida viva no anzol e solta nas correntezas. O movimento dela atrai o dourado de longe.
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Piau vivo ou lambari: são iscas eficazes para quem pratica pesca com boia ou espera no fundo.
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Calabresa: sim, a linguiça calabresa defumada cortada em tiras pode atrair dourados, principalmente em locais onde o peixe está acostumado com cheiro forte. É uma técnica inusitada, mas usada por pescadores experientes em algumas regiões.
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Filé de peixe: tilápia ou traíra cortadas em tiras também podem funcionar bem, principalmente em rios barrentos.
Iscas Artificiais: emoção e técnica
Para os amantes da pesca esportiva, o uso de iscas artificiais é o grande destaque. O dourado responde bem a plugs de meia-água, hélices e iscas de superfície (stickbaits). O segredo está na velocidade da recolhida e na variação de movimentos.
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Em dias nublados ou com água turva, prefira iscas de cores vibrantes como verde-limão brilhante e laranja.
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Em águas claras, use iscas mais discretas como prata ou azul.
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Evite recolhimento muito rápido — o dourado gosta de perseguir antes de atacar.
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Vara: média a pesada, com ação rápida.
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Linha: multifilamento entre 40 e 60 lb para melhor resistência.
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Anzol: use sempre anzóis resistentes e afiados. Empate de aço é obrigatório, pois o dourado tem dentes afiados que cortam a linha.
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Carretilha ou molinete: resistentes e com boa capacidade de linha.
Conservação e respeito à natureza
O dourado é considerado “espécie nobre” em muitos estados. É proibido seu abate em alguns rios, como no trecho paulista do Rio Paraná e em diversos pontos do Centro-Oeste. Sempre consulte as regras locais. A pesca esportiva com soltura é altamente recomendada.
Conclusão
Pescar dourado é um desafio que recompensa com muita emoção e histórias para contar. Seja de barranco, seja embarcado, com tuvira ou isca artificial, o segredo é conhecer o comportamento da espécie, respeitar a natureza e aproveitar cada momento junto ao rio.
Até a próxima amigos da pesca!
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